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Foto do escritorSalatiel Cicero

Abertura do 4º Festival Pernambucano de Literatura Negra ocorre nesta segunda




O Recife deu início, nesta manhã (18), à 4ª edição do Festival Pernambucano de Literatura Negra, evento que reforça a importância do movimento cultural, da resistência e da representatividade negra em produções literárias. A abertura oficial contou com palestra, sarau e sessão de autógrafos na Escola Técnica Estadual Miguel Batista (ETEMB), no bairro da Macaxeira, Zona Norte do Recife. O festival acontece até quarta-feira (20), com uma programação gratuita.


Idealizado pela jornalista e escritora Jacqueline Fraga, que também é curadora desta edição, o festival em sua abertura, destacou a importância da literatura como ferramenta de reflexão sobre questões históricas e culturais, promovendo uma ampla discussão sobre o papel da mulher negra na literatura brasileira. “Acredito que estarmos aqui na escola, trazendo esse contato direto com o autor é uma forma de inspirar nossa juventude”, ressalta Jacqueline.


O dia começou com apresentações de Maracatu Rural, seguido da palestra "Entre livros e cadernos: poesia e representatividade na escola", com a participação da escritora renomada Rosangela Nascimento, conhecida por sua atuação na valorização da literatura negra, na qual abordou sua outra obra: Mariposa Negra e Histeria, destacando a força das narrativas afro-brasileiras. Já na mediação, Karinne Costa, poeta e arte-educadora, discutiu sobre memória e identidade.


A programação contou com interação direta do público por meio de um sarau literário, onde mais de 20 alunos locais e professores recitaram poesias e performaram suas obras, e no encerramento houve uma sessão de autógrafos, promovendo o encontro entre autoras e leitores. “O evento é perfeito para nossa imersão e essencial para aprendermos nossa história e cultura”, enfatiza Vinicius Ferreira, 15, estudante da ETEMB.


Além de seus paineis e debates literários, o festival terá ainda ações voltadas para a sustentabilidade e o meio ambiente, onde foram entregues dezenas de mudas que serão nomeadas em homenagens a autores negros. O festival contou com tradução em Libras durante todas as mesas temáticas, garantindo maior acessibilidade ao público.

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